Revolução Constitucionalista de São Paulo de 1932
Segunda-feira, 9 de julho é feriado no estado de São Paulo, uma referência a
mesma data do ano de 1932. E você sabe que dia foi este?
Foi o dia da Revolução
Constitucionalista de São Paulo de 1932.
Só que esta história não
começou aí. Vamos para um resumo do que antecedeu este fato.
Entre os anos de 1894 a 1930 tivemos no Brasil a Republica Oligárquica, período
que se estende do fim da Republica da Espada a Era Vargas.
A palavra oligarquia significa “governo de
poucos” (oligo=pouco, arquia=governo) e era o que ocorria na época (1894 a 1930)
com a alternância de poder entres os Paulista e Mineiros, também conhecida como
a política do café-com-leite. Notem que
os outros estados ficavam de fora do PODER.
Devemos
salientar que as decisões eram tomadas pela elite compostas por grandes
proprietários de terra e com poder econômico que defendiam seus interesses.
A derrocada
da Republica Oligárquica iniciou com a decisão do presidente Washington Luís (que representava os
paulistas) em indicar Júlio Prestes, também paulista como sucessor,
contrariando a revezamento estabelecido.
Os mineiros insatisfeitos buscaram apoio de outros estados. Com
os acordos surgiu a seguinte chapa: os paraibanos indicaram João Pessoa como
Vice de Getulio Vargas, representante do Rio Grande do Sul.
Somaram-se a eles outros descontentes, inclusive paulistas, e
lançaram a Aliança Liberal em apoio a Getulio Vargas a presidente. Ainda assim
perdem a eleição e Júlio Preste é eleito.
Todavia, Julio Prestes não assume devido a mobilização de
militares e colocam Getulio Vargas como presidente.
O presidente de Getulio Vargas toma algumas decisões, entre
elas: dissolução do congresso e substitui os governadores por Interventores
escolhidos por ele. O único estado que não sofreu esta intervenção foi Minas
Gerais.
Os paulistas descontentes, principalmente pelas indicações
não serem de São Paulo, faziam oposição aos interventores indicados, e tinham êxito.
Percebendo que tinham forças, a elite, o Partido Republicano Paulista e o
Partido Democrático paulista formaram a Frente Única Paulista (FUP).
Este fato foi a oportunidade para os opositores de Getúlio Vargas buscarem seu
intento. No dia 9 de julho de 1932 tem inicio Revolução Constitucionalista de São Paulo e perdurou
até o dia 1 de outubro do mesmo ano. A revolução utilizou a mortes dos quatro estudantes
(Mário, Miragais, Dráusio e Camargo- MMMDC) como mote para alistamento
e jovens. Veja foto de cartazes da época.
A Lei de instituiu o
feriado de 9 de julho.
O dia 9 de julho se
tornou feriado por meio da Lei nº 9.947, de 5 de março de 1997 a partir de
um projeto de lei apresentado pelo deputado Guilherme Gianetti e
sancionado pelo então governador Mario Covas.
Curiosidades:
Cartazes e imagens da Revolução:
Matraca: peça de madeira com uma plaqueta barulhentamente em torno de
um eixo. Utilizada para assustar os soldados.
Rua e avenida que
lembram estes fatos: Rua 23 de maio 2e Avenida 9 de julho.
O Obelisco:
Mausoléu aos Heróis de 32. Com 72 metros de altura, guarda os corpos dos
estudantes mortos durante a Revolução de 1932 e 713 ex-combatentes.
Projetado
por escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili. Construido pelo engenheiro
alemão radicado no Brasil, Ulrich Edler.
A seguir, confira o
texto da lei estadual que define como feriado o dia 9 de Julho.
Lei nº 9.497, de 5 de março de 1997
(Projeto de Lei nº 710/95, do deputado Guilherme Gianetti –
PMDB)
Institui, como feriado civil, o dia 9 de julho, data magna do
Estado de São Paulo.O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo
a seguinte lei:
Artigo 1º – Fica instituído, como feriado civil, o dia 9 (nove)
de julho, data magna do Estado de São Paulo, conforme autorizado pelo artigo
1º, inciso II, da Lei Federal nº 9.093, de 12 de setembro de 1995.
Artigo 2º – As despesas decorrentes da execução desta lei
correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se
necessário.
Artigo 3º – Esta lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Palácio dos Bandeirantes, 5 de março de 1997.
MÁRIO COVAS
Conhecimento é tudo.
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